A Justiça Federal em Sergipe condenou três ex-policiais rodoviários federais pela morte de um homem durante uma abordagem em 2022. A vítima, que estava com problemas de saúde mental, morreu asfixiada dentro de uma viatura após ter sido detida e exposta a uma granada de gás lacrimogêneo lançada por um dos agentes. O julgamento, realizado por tribunal do júri, resultou em penas de até 28 anos de reclusão para os réus, sendo que o policial responsável pela ação foi condenado por homicídio triplamente qualificado.
A situação ocorreu enquanto a vítima, que não ofereceu resistência, foi abordada por dirigir uma moto sem capacete e imobilizada pelos policiais. Já dentro da viatura, a ação do policial que lançou o gás lacrimogêneo resultou na asfixia da vítima, que ficou sufocada por mais de 11 minutos. A perícia federal confirmou a causa da morte, detalhando a dinâmica da abordagem. O réu principal, que efetuou o lançamento da granada, teve uma pena maior, enquanto os outros dois agentes receberam penas menores, por não terem agido com intenção de matar.
Após o ocorrido, o governo federal tomou medidas administrativas, como a demissão dos envolvidos e a implementação de testes com câmeras corporais e de viaturas para melhorar a transparência nas ações da corporação. Além disso, está em tramitação uma proposta de emenda à Constituição que visa reorganizar a Polícia Rodoviária Federal, tornando-a uma força de segurança com atribuições ampliadas. A proposta ainda aguarda uma manifestação dos governadores antes de ser enviada ao Congresso.