A Justiça do Acre condenou uma ex-funcionária de um supermercado atacadista de Rio Branco a devolver mais de R$ 400 mil desviados entre 2010 e 2014. O caso foi revelado em 2015, quando um sócio da empresa denunciou à polícia que as transferências bancárias da companhia estavam sendo fraudulentas. A acusada, que trabalhava no setor financeiro, foi responsabilizada por usar os CPFs dela e de sua filha para realizar transferências fraudulentas, que eram sacadas posteriormente. Ao longo das investigações, foi confirmado que a quantia desviada totalizou R$ 444.270,80.
Durante o processo, a acusada alegou que apenas seguia ordens e que nunca ficou com o dinheiro desviado, afirmando que tudo foi “armado”. Ela também acusou uma colega de trabalho, mas as investigações apontaram que ela própria estava manipulando os comprovantes de transferência para ocultar sua participação no crime. A defesa tentou sustentar que as transferências maiores para a conta pessoal da ré ocorreram devido a um suposto pedido de outra funcionária, mas o Ministério Público questionou a versão, apontando inconsistências nas alegações.
Após a constatação de que a filha da ré não tinha conhecimento das transações, o processo contra ela foi arquivado. A acusada devolveu R$ 40 mil à empresa, mas a Justiça manteve a condenação. O caso, que envolveu manipulação de dados bancários e transferências irregulares, destaca a utilização de recursos corporativos de forma fraudulenta, comprometendo a confiança e a segurança financeira da organização envolvida. A decisão, que pode ser apelada, encerra uma investigação que durou mais de uma década.