A Justiça do Rio Grande do Norte aceitou a denúncia contra 18 pessoas, incluindo uma influenciadora e ex-bailarina de um programa de TV, investigadas por suspeita de envolvimento em lavagem de dinheiro e organização criminosa. A denúncia foi baseada na operação Argento, deflagrada em novembro de 2024, que investigou práticas como a criação de empresas de fachada, compra e venda de imóveis de luxo, movimentações financeiras em postos de combustíveis e a aquisição de cavalos de raça, com o objetivo de ocultar recursos ilícitos provenientes do tráfico de drogas. O Ministério Público analisou 468 contas bancárias, que movimentaram R$ 1,6 bilhão entre 2014 e 2024.
A operação revelou que o grupo envolvido estava organizado em núcleos criminosos, sendo liderados por um dos principais responsáveis pelo tráfico fora das prisões. A acusação afirma que essas pessoas participaram ativamente de atividades ilícitas, com destaque para a utilização de empresas de fachada para esconder a origem de seus lucros, relacionados a atividades ilegais. A investigação envolveu diversas operações financeiras suspeitas e revelou um esquema complexo de ocultação de patrimônio.
Em relação à ex-bailarina, a defesa dela argumenta que a acusada foi injustamente associada ao caso, destacando que sua ligação com um dos investigados se deu apenas no passado. Além disso, a influenciadora, que se apresenta como atriz, modelo e bailarina, costuma compartilhar nas redes sociais uma vida de luxo, com viagens e treinamentos físicos. Ela foi detida pela Polícia Civil no final de novembro de 2024, e o caso segue sob investigação.