Nesta quinta-feira (5), as taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) de longo prazo apresentaram queda, refletindo o otimismo dos investidores com o andamento do pacote fiscal do governo no Congresso. A aprovação do regime de urgência para duas propostas que fazem parte do pacote de contenção de gastos gerou um alívio nos mercados, ajudando a reduzir as taxas de juros futuras de prazos mais longos. Entre os contratos mais longos, a taxa para janeiro de 2026 subiu, mas as taxas para 2031 e 2033 caíram, indicando uma reação positiva dos investidores ao progresso no Legislativo.
Por outro lado, as taxas de curto prazo aumentaram levemente, com o mercado especulando sobre um possível aperto monetário mais agressivo por parte do Banco Central (BC). Com a inflação em aceleração e a atividade econômica superaquecer, a expectativa é de que o BC possa subir a taxa Selic mais do que o inicialmente previsto no encontro de política monetária da próxima semana. A probabilidade de um aumento de 100 pontos-base para a taxa básica Selic aumentou, refletindo essa preocupação com a inflação e a desvalorização do real frente ao dólar.
A movimentação nas taxas de juros ocorre em um contexto de incertezas econômicas, com a aprovação do pacote fiscal ajudando a reduzir os riscos no médio e longo prazo, mas não resolvendo todos os problemas estruturais da economia. Embora o pacote não tenha sido bem recebido inicialmente, o fato de o Congresso ter demonstrado urgência para sua tramitação aumentou a confiança dos investidores, que agora aguardam mais clareza sobre as medidas fiscais e monetárias do governo. A situação continua a exigir monitoramento atento dos próximos passos do governo e do BC.