Na manhã desta sexta-feira, 6, os juros futuros no Brasil apresentaram alta em toda a curva, impulsionados pela crescente preocupação com o cenário fiscal interno e pela expectativa de que o relatório de emprego dos Estados Unidos, o payroll, traga resultados mais fortes do que o esperado. A possível recuperação do mercado de trabalho nos EUA poderia impactar as expectativas sobre novos cortes nas taxas de juros do país, afetando também os rendimentos globais.
O mercado de juros no Brasil refletiu esse movimento com aumentos em todas as taxas de depósito interfinanceiro (DI). Às 9h31, a taxa para janeiro de 2025 registrava 11,811%, ligeiramente acima do fechamento anterior de 11,809%. O DI para janeiro de 2026 subiu para 14,265%, de 14,194%, enquanto o DI para janeiro de 2027 avançou para 14,525%, de 14,435%. Já o vencimento para janeiro de 2029 atingiu 14,225%, contra 14,126% no ajuste anterior.
Simultaneamente, os rendimentos dos títulos do governo dos Estados Unidos também demonstraram elevação. O retorno das T-notes de 2 anos subiu para 4,162%, de 4,139%, enquanto as T-notes de 10 anos avançaram para 4,180%, de 4,173%. O movimento nos juros e no dólar reflete uma cautela do mercado diante das incertezas fiscais internas e os sinais de resiliência da economia americana.