Os juros futuros fecharam em queda consistente, impulsionados por diversos fatores. O mercado reagiu positivamente à expectativa de um possível impacto fiscal favorável, considerando a situação de saúde do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Após a notícia de que ele passaria por um procedimento cirúrgico complementar, aumentou o otimismo quanto à possibilidade de uma mudança no comando do governo, o que poderia resultar em uma política fiscal mais ortodoxa. A queda nas taxas também foi influenciada pela confiança no andamento do pacote fiscal, que teve progressos no Congresso.
No mercado de títulos públicos, as taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) para os anos de 2026, 2027 e 2029 apresentaram queda significativa. A expectativa de um aumento mais forte na Selic, com uma projeção para o aumento de 1 ponto porcentual, também contribuiu para essa movimentação. O relatório sobre o aumento de 1% nos serviços prestados em outubro, acima das estimativas, reforçou a possibilidade de um ajuste mais contundente. A curva de juros reflete um cenário de incerteza, com projeções de uma taxa terminal mais próxima de 15,25%.
A visão do mercado sobre o atual cenário fiscal e monetário aponta para a necessidade de uma postura firme por parte do Banco Central, especialmente após a saída do atual presidente e a chegada de um novo responsável pela Política Monetária em janeiro. O economista Nicolas Borsoi destaca a importância de o Copom enviar uma mensagem clara sobre os próximos passos para evitar uma volatilidade indesejada nos mercados. A expectativa de uma atuação consistente e sinais de estabilidade fiscal são essenciais para a confiança dos investidores no futuro do país.