Edson Guedes, vigilante e auxiliar penitenciário, foi condenado a quatro anos de prisão pelo assassinato de um corretor de imóveis e professor de Educação Física em São Luís, ocorrido em maio de 2022. Durante o julgamento, realizado em 6 de dezembro de 2023, ele confessou que disparou três vezes contra a vítima, após uma discussão no estacionamento de um petshop. Apesar da confissão, o júri decidiu que o crime deveria ser considerado como homicídio privilegiado, o que levou à redução da pena. O réu, que não possuía antecedentes criminais, teve sua pena atenuada em um terço, sendo determinada a sua execução em regime aberto.
O homicídio aconteceu em um momento de intenso conflito entre os envolvidos, conforme alegado pela defesa. De acordo com o juiz responsável, a situação foi exacerbada por provocações graves da vítima, o que teria gerado uma reação impulsiva do réu. No entanto, a condenação por homicídio simples, com a aplicação do atenuante do privilégio, considerou a atitude de Edson como uma “conduta menos reprovável” sob a ótica da justiça. A decisão causou revolta entre os familiares e amigos da vítima, que consideraram a punição insuficiente diante da gravidade do ato.
Após o assassinato, a comunidade se mobilizou em um protesto pacífico em memória da vítima, que foi descrita como uma pessoa de caráter exemplar. A polícia informou que a discussão que resultou no crime envolveu uma troca de produto no estabelecimento, e que o réu agiu de forma repentina, sacando a arma e disparando contra a vítima, que não resistiu aos ferimentos. O caso gerou uma grande comoção na cidade e evidenciou o impacto das relações de conflito no ambiente de trabalho e cotidiano das pessoas envolvidas.