Em um julgamento realizado na última quinta-feira (12) em Fortaleza, dois homens acusados de matar três policiais militares e sequestrar outros dois em Quixadá, Ceará, foram absolvidos pelo júri popular. Os réus, apontados como membros de uma quadrilha especializada em roubos a carros-fortes, enfrentaram acusações graves, incluindo homicídios, tentativas de homicídios, sequestros e organização criminosa. No entanto, o crime de sequestro atribuído a um dos acusados foi extinto, já que o réu era menor de 21 anos na época do crime. O julgamento, conduzido por sete jurados, resultou na absolvição dos acusados, embora outros réus ainda aguardem julgamento.
Os crimes ocorreram em novembro de 2015, quando uma quadrilha armada interceptou um carro-forte na localidade de Uruquê, no Sertão Central do Ceará. Durante o confronto, três policiais militares foram mortos, e outros quatro agentes, incluindo policiais civis, ficaram feridos. Os criminosos, após o roubo, fugiram levando dois policiais militares como reféns, que foram libertados em seguida. O ataque gerou uma intensa investigação, com 11 réus sendo denunciados, incluindo um condenado a mais de 123 anos de prisão em 2021.
O caso destaca a violência enfrentada por forças de segurança no Ceará, onde quadrilhas especializadas em roubos a carros-fortes continuam a atuar de maneira organizada e violenta. A decisão do júri reflete a complexidade dos processos judiciais em crimes de grande repercussão, em que o veredito depende de múltiplos fatores legais, como a prescrição de penas e a qualificação dos réus no momento dos delitos.