O julgamento dos três ex-policiais rodoviários federais acusados pela morte de um homem durante uma abordagem policial em 2022 entrou em sua fase final. O caso, ocorrido na BR-101, em Sergipe, gerou grande repercussão após o indivíduo ter sido trancado no porta-malas de uma viatura da PRF e exposto a gás lacrimogêneo, o que causou sua morte por asfixia. A acusação é de tortura e homicídio triplamente qualificado, e os réus estão presos desde outubro de 2022, após a investigação e demissão dos envolvidos pela PRF.
Durante o julgamento, iniciado em 26 de novembro, já foram ouvidas testemunhas e peritos técnicos, que apresentaram relatos e provas sobre os acontecimentos. A perícia concluiu que os gases tóxicos, como monóxido de carbono e ácido sulfídrico, provocaram o colapso pulmonar da vítima. O debate entre a acusação e as defesas está previsto para a próxima quinta-feira, com a fase do interrogatório dos réus ocorrendo nesta quarta-feira, onde cada acusado poderá apresentar sua versão dos fatos.
A defesa dos réus contesta a tipificação dos crimes e as alegações de tortura, afirmando que os policiais seguiram os protocolos de atuação ou não participaram diretamente do ocorrido. Além das discussões jurídicas, a família da vítima já recebeu indenizações da União por danos morais, um reflexo das consequências do caso, que segue gerando discussões sobre o uso excessivo da força por agentes de segurança pública.