O julgamento na França de um caso de abuso de longa duração chocou a sociedade, envolvendo acusações de violência sexual e psicológica sistemática contra uma mulher ao longo de uma década. A vítima, casada com o acusado durante quase 50 anos, foi drogada regularmente com sedativos para ser estuprada sem seu consentimento, além de ser forçada a participar de atos com outros homens. O ex-marido da vítima, que confessou os crimes, também foi responsável por recrutar outros réus, sendo que todos enfrentam acusações de estupro agravado. O processo, que começou há mais de dois meses, entra agora em sua fase final, com a sentença esperada para os próximos dias.
Os promotores solicitaram penas severas para os réus, destacando o impacto devastador das ações sobre a vítima, que, aos 71 anos, revelou sua história publicamente, gerando grande comoção e apoio em todo o país. Durante o julgamento, foi ressaltado o caráter extremamente cruel dos crimes, que envolveram manipulação psicológica, drogas e a exploração da vítima em um contexto de submissão forçada. A promotoria pediu 20 anos de prisão para o acusado principal, enquanto outros réus também podem ser condenados à mesma pena, com a possibilidade de revisão das sentenças nos próximos dias.
O caso gerou discussões amplas sobre a violência de gênero, levantando questões sobre a necessidade de mudanças nas leis e na sociedade para prevenir tais abusos. Diversos grupos em todo o mundo têm acompanhado o julgamento, e a repercussão foi reforçada em manifestações que ocorreram na França, nas quais milhares pediram um endurecimento das medidas contra crimes de violência doméstica e sexual. O caso também ganhou destaque internacional, com várias figuras públicas e instituições se posicionando a favor de uma maior proteção às vítimas e do fortalecimento da justiça no combate a esses crimes.
