A Justiça Federal em Sergipe condenou três ex-policiais rodoviários federais pela morte de um cidadão durante uma abordagem policial em 2022. A vítima faleceu asfixiada após ser presa dentro de uma viatura onde foi lançada uma granada de gás lacrimogêneo. O caso gerou repercussão nacional, evidenciando falhas em procedimentos policiais e resultando em penas de reclusão para os envolvidos, com sentenças que variam entre 23 e 28 anos, determinadas após julgamento em tribunal do júri.
O episódio expôs questões estruturais, como a ausência de equipamentos de controle, a exemplo de câmeras corporais, e provocou mudanças nas diretrizes de segurança pública. Em resposta, o governo federal implementou medidas como o início de testes com câmeras corporais e a revisão de manuais operacionais da PRF. Além disso, propostas como a transformação da Polícia Rodoviária Federal em uma polícia ostensiva têm sido debatidas, com o objetivo de aprimorar a transparência e a eficiência das forças de segurança.
O caso também reacendeu discussões sobre abordagens a pessoas em situação de vulnerabilidade, especialmente aquelas com doenças mentais. A vítima, diagnosticada com esquizofrenia, era aposentada devido à condição e já havia enfrentado situações semelhantes anteriormente. A repercussão do caso destaca a necessidade de reformas mais amplas na formação e atuação das forças policiais no Brasil, visando garantir práticas mais seguras e humanizadas.