O júri popular dos policiais militares acusados de matar três pessoas, incluindo uma criança de 11 anos, em uma operação policial no bairro Preventório, em Rio Branco, teve início nesta quarta-feira (4). A operação ocorreu em maio de 2018, quando os agentes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) realizaram um confronto que resultou na morte de Maria Cauane, Gleiton Silva Borges e Edmilson Fernandes da Silva Sales. Durante o julgamento, os familiares das vítimas, incluindo o pai de Maria Cauane, estiveram presentes no tribunal pedindo por justiça, lamentando a perda da criança e o impacto de sua morte.
A defesa dos policiais contestou as acusações, argumentando que as mortes ocorreram em um contexto de legítima defesa e que o processo está sendo utilizado para fins financeiros, com a intenção de obter compensações do Estado. O advogado que representa os réus afirmou que o júri é uma tentativa de desacreditar a polícia, destacando que há provas nos autos que demonstram a inocência dos acusados. O caso gerou uma grande comoção entre a população local, com protestos e manifestações de familiares e amigos das vítimas, que buscam responsabilizar os envolvidos.
O processo envolve cinco policiais, sendo um major e quatro sargentos, e está sendo acompanhado por diversas testemunhas, tanto de defesa quanto de acusação. Além da morte de Maria Cauane, os policiais são acusados de ferir outras duas pessoas durante a ação. O caso teve uma série de desdobramentos, incluindo recursos e pedidos de revisão das decisões tomadas pelas instâncias judiciais anteriores. A expectativa é que o julgamento se prolongue por mais alguns dias, enquanto as famílias aguardam um desfecho que traga justiça para as vítimas.