O juiz Ariovaldo Nantes Corrêa, da 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, agendou para o dia 12 de fevereiro de 2025 a audiência de ex-presidentes do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul (TCE-MS), acusados de improbidade administrativa. Os ex-dirigentes são investigados por suspeitas de superfaturamento em contratos com uma empresa de limpeza, que teriam causado prejuízos de quase R$ 50 milhões aos cofres públicos. Um dos denunciados, José Ancelmo dos Santos, faleceu em 2021 devido à COVID-19.
Os acusados, Cícero Antônio de Souza e Waldir Neves Barbosa, enfrentam as acusações, sendo que o primeiro já se encontra aposentado e o segundo foi afastado de suas funções no TCE desde dezembro de 2022, com uso de tornozeleira eletrônica. A defesa dos ex-presidentes, liderada pelo advogado André Borges, afirma que ambos estão se defendendo adequadamente e que o assunto foi objeto de um acordo com o Ministério Público, o que poderia levar ao pedido de arquivamento do processo.
O TCE-MS, alvo de várias investigações nos últimos anos, também foi envolvido em outras operações da Polícia Federal, como a “Terceirização de Ouro”, que apura fraudes em licitações e lavagem de dinheiro. Em 2024, o tribunal novamente foi investigado na Operação Ultima Ratio, que apura irregularidades no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. Essas investigações refletem uma série de problemas administrativos que têm afetado a credibilidade das instituições de controle público no estado.