O Superior Tribunal Militar condenou um oficial superior a dois anos e quatro meses de reclusão por envolvimento em um esquema de corrupção relacionado a licitações hospitalares. A investigação apontou indícios de favorecimento a uma empresa fornecedora de materiais hospitalares, com contratos que somam aproximadamente R$ 5 milhões em valores atualizados. A sentença baseou-se em provas que indicam o recebimento de vantagens financeiras para desclassificar concorrentes em processos licitatórios.
A defesa do acusado argumenta que os pagamentos recebidos eram relativos a patrocínios e pareceres técnicos legítimos, negando qualquer irregularidade. A acusação, porém, aponta que as práticas configuram mercancia indevida com recursos públicos, reforçada por depoimentos e evidências obtidas na Operação Hipócrates, deflagrada em 2011. O caso trouxe à tona um esquema mais amplo de fraudes envolvendo hospitais militares.
O julgamento foi marcado por divergências entre os ministros do tribunal. Enquanto o relator argumentou falta de provas robustas para comprovar a corrupção, a maioria considerou os elementos apresentados pelo Ministério Público suficientes para a condenação. A decisão reflete o esforço em combater irregularidades em instituições públicas e preservar a integridade no uso de recursos destinados à saúde.