A segunda luta de boxe entre Oleksandr Usyk e Tyson Fury, marcada para 21 de dezembro em Riad, na Arábia Saudita, será histórica não apenas pela sua magnitude, mas também pela introdução de um juiz impulsionado por inteligência artificial (IA) que acompanhará o combate. O objetivo desse experimento é oferecer uma análise imparcial e sem erros humanos durante o evento. No entanto, caso o resultado seja decidido por pontos após os 12 assaltos, os três juízes humanos seguirão responsáveis pela decisão final. O juiz IA não influenciará os resultados oficiais, mas servirá como uma ferramenta para monitorar o desempenho dos pugilistas.
Esse evento inovador está sendo promovido pelo governo saudita e pode representar uma mudança significativa no futuro das competições de boxe e outros esportes de combate, com o potencial de diminuir a subjetividade e as polêmicas que frequentemente surgem sobre as decisões dos juízes. O ministro do Entretenimento da Arábia Saudita, Turki Alalshikh, afirmou que o uso da IA pode melhorar a precisão das análises dos combates e reduzir as discussões sobre resultados controversos, como ocorreu na luta anterior entre Usyk e Fury, em que um dos juízes discordou dos outros.
Além da inovação tecnológica, o combate entre Usyk e Fury envolve grandes cifras financeiras. O duelo, que coloca em disputa os cinturões do Conselho Mundial de Boxe (CMB) e da Organização Mundial de Boxe (OMB), envolverá uma premiação total de US$ 190 milhões, com Usyk recebendo US$ 114 milhões e Fury, US$ 76 milhões. Usyk, invicto como profissional, defende seus títulos pela primeira vez, enquanto Fury, com uma carreira marcada por vitórias e algumas derrotas, busca retomar a posição de campeão.