Juiz exige presença de paciente internado para transferências hospitalaresMaurílio Rodrigues, um homem de Ouro Preto, Minas Gerais, enfrenta complicações de saúde graves devido ao agravamento de sua diabetes, que já resultou na amputação de um dedo do pé. Ele precisa urgentemente de uma cirurgia de revascularização, mas o hospital onde está internado, a Santa Casa de Ouro Preto, não realiza o procedimento necessário. A família de Maurílio entrou com um pedido na Justiça para transferi-lo a outra unidade hospitalar, mas a solicitação foi dificultada por uma decisão judicial.
O juiz responsável pelo caso determinou que Maurílio comparecesse pessoalmente ao fórum para dar andamento ao processo, alegando divergências nas assinaturas e a falta de presença física do paciente. Contudo, devido ao seu estado de saúde, que inclui a necessidade de restrição de movimentos, Maurílio não pôde atender à convocação. O juiz ainda rejeitou o pedido de urgência feito pelo Ministério Público, que solicitava a transferência imediata do paciente, argumentando que o relatório médico não indicava risco iminente de morte.
Enquanto a família busca alternativas, o Ministério Público recorre da decisão judicial. Especialistas apontam que a demora no tratamento pode agravar ainda mais o quadro de Maurílio, comprometendo a eficácia de futuras intervenções médicas. A situação gera um debate sobre a interpretação da lei e a flexibilidade no acesso à Justiça em casos de emergência médica, enquanto as autoridades judiciais mantêm que o protocolo legal deve ser seguido para garantir os direitos de todos os cidadãos.