O Tribunal de Justiça de São Paulo concedeu liberdade provisória a quatro jogadoras de um time de futebol argentino acusadas de injúria racial durante uma partida contra o Grêmio. A decisão exige que elas cumpram medidas cautelares, como comparecimento mensal em juízo, comunicação prévia de mudanças de endereço e um depósito de R$ 25 mil para eventual indenização à vítima. O descumprimento dessas condições pode levar à revogação da liberdade.
As atletas foram detidas após uma confusão generalizada durante o jogo, quando uma delas foi flagrada realizando gestos considerados ofensivos em direção a um gandula, gerando indignação por parte das adversárias. A partida foi encerrada após expulsões em massa e tumultos no campo. O episódio resultou na exclusão do time argentino da competição e de futuras edições do torneio.
Inicialmente, as jogadoras tiveram prisão preventiva decretada e passaram o Natal em uma penitenciária após um pedido de habeas corpus ser negado. O caso gerou repercussão significativa, levando ao registro de boletim de ocorrência e à exclusão do time envolvido da Ladies Cup, um torneio de futebol feminino realizado em São Paulo. A decisão de libertação provisória representa um desdobramento no processo judicial em curso.