O Itaú Unibanco anunciou que não comentará a ação civil protocolada contra um ex-executivo do banco, após ele deixar a instituição para assumir um cargo em um concorrente. A ação foi movida pelo banco devido à suspeita de que o ex-diretor financeiro teria se envolvido em possíveis conflitos de interesse ao emitir pareceres contábeis para empresas externas enquanto ainda ocupava seu cargo. O banco informou que, após detectar o possível conflito em julho de 2024, iniciou uma investigação interna para apurar o caso.
De acordo com fontes próximas ao caso, a investigação revelou que o ex-executivo, que havia sido diretor financeiro do Itaú entre 2019 e 2024, possuía uma sociedade com um fornecedor da instituição, o que teria levado a pagamentos de valores compatíveis com os realizados pelo banco. Essa conduta violaria as regras internas de governança do Itaú, que proíbem executivos de tomar decisões sobre fornecedores com os quais mantêm relações pessoais ou societárias.
O Banco Central e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) foram informados sobre os fatos em outubro, e caso as investigações dessas entidades resultem em penalidades, os envolvidos poderão ser impedidos de exercer funções em empresas reguladas. O ex-executivo negou as acusações e declarou que a denúncia do Itaú é infundada, alegando que as relações com o fornecedor em questão precedem sua entrada no banco.