O banco Itaú acusou seu ex-diretor financeiro de violar políticas internas e agir em conflito de interesses, ao aprovar pagamentos de cerca de R$ 10,45 milhões a um fornecedor com quem supostamente tinha vínculos pessoais. As transações ocorreram entre 2021 e 2024 e foram identificadas durante uma investigação interna conduzida pelo comitê de auditoria do banco. A acusação foi formalizada em uma ata publicada pela instituição, que também notificou o Banco Central sobre as irregularidades. Apesar de as supostas falhas não terem afetado as demonstrações financeiras do banco, medidas legais estão sendo tomadas contra os envolvidos.
O ex-diretor financeiro, que deixou o Itaú em julho após 12 anos de carreira e assumiu uma nova posição no Santander, refutou as acusações. A assessoria de imprensa do ex-executivo qualificou as alegações como infundadas e informou que ele tomará as ações judiciais necessárias para se defender. A instituição financeira também enfrentou um episódio de turbulência na mesma semana, com a demissão de um diretor de marketing por uso indevido do cartão corporativo, embora este incidente não tenha sido classificado como crime.
A situação gerou um ambiente de incerteza dentro do banco, mas não impactou diretamente as operações ou o balanço financeiro da companhia, segundo o comunicado oficial. A investigação e as ações legais visam esclarecer as circunstâncias dos pagamentos irregulares e assegurar que as políticas de compliance sejam rigorosamente seguidas para evitar novos episódios de conflito de interesses.