No último sábado (21), autoridades israelenses confirmaram que um míssil disparado do Iémen atingiu a cidade de Tel Aviv. O projeto foi lançado por um grupo apoiado pelo Irã e foi descrito como um míssil balístico hipersônico, identificado como Palestina 2. Apesar das tentativas de interceptação por parte do exército israelense, o míssil passou pelas defesas aéreas, caindo na área de Jaffa, ao sul da cidade. O impacto causou ferimentos leves em pelo menos 16 pessoas, que foram atingidas por estilhaços de vidro, embora não tenham sido registradas vítimas fatais.
Esse ataque é raro para Tel Aviv, uma cidade que, devido às suas avançadas defesas aéreas, tem sido poupada de grandes danos em comparação com outras regiões de Israel. A cidade tem sido alvo ocasional de mísseis disparados por grupos militantes como o Hamas e o Hezbollah, mas o evento deste fim de semana destaca a crescente ameaça de ataques originados de diferentes frentes, incluindo o Iémen. O grupo Houthi, responsável pelo lançamento, declarou que o míssil foi direcionado a um alvo militar israelense e que a falha nas defesas de Israel foi um sucesso estratégico para eles.
O incidente ocorre em meio a um contexto mais amplo de escalada de tensões no Oriente Médio, onde grupos aliados ao Irã, como Hamas, Hezbollah e os Houthis, continuam a realizar ataques contra Israel e seus aliados. As forças israelenses, por sua vez, têm respondido com bombardeios em Gaza e no Líbano, resultando em vítimas civis e uma crise humanitária de grandes proporções. A situação reflete o impasse prolongado no conflito iniciado em outubro de 2023, com poucos sinais de resolução e uma crescente militarização da região.