Israel anunciou neste domingo (15) a intenção de duplicar sua população nas Colinas de Golã, território sírio ocupado desde 1967. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu destacou a importância de fortalecer a região para a segurança e estabilidade de Israel, em meio a um contexto de ameaças contínuas da Síria. A medida ocorre pouco tempo após a deposição do presidente Bashar al-Assad pelos rebeldes sírios, mas as autoridades israelenses reafirmaram que os riscos à segurança do país permanecem elevados, apesar da mudança no cenário político da Síria.
A decisão do governo israelense envolve um investimento de cerca de 40 milhões de shekels (aproximadamente US$ 11 milhões) para estimular o crescimento demográfico nas Colinas de Golã. Hoje, a região conta com cerca de 31 mil israelenses, que se dedicam principalmente à agricultura, vinicultura e turismo, além de abrigar uma população de 24 mil drusos, maioria de origem síria. O governo israelense acredita que a expansão da presença israelense na área fortalecerá a soberania de Israel e assegurará sua posição estratégica no Oriente Médio.
A questão da soberania sobre o Golã continua sendo um ponto de discórdia no cenário internacional. Apesar do reconhecimento da anexação da região pelos Estados Unidos em 2019, a comunidade internacional em grande parte não reconhece a soberania israelense sobre o território. A Síria, por sua vez, segue exigindo a retirada de Israel, enquanto os esforços de paz para resolver a disputa territorial têm sido infrutíferos ao longo das décadas.