Com o colapso do regime sírio, Israel anunciou que seu Exército permanecerá no território sírio por tempo indeterminado, até que uma nova força seja estabelecida na região para garantir a segurança do país. O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, afirmou que a presença militar israelense na área é temporária, mas não estabeleceu um prazo para a retirada das tropas. Israel também intensificou os ataques à Síria, com centenas de operações durante a semana, enfraquecendo significativamente as capacidades militares do país vizinho. Além disso, forças israelenses ocuparam postos militares no sul da Síria e em uma zona desmilitarizada criada após a guerra de 1973.
Enquanto isso, o governo dos Estados Unidos tem trabalhado ativamente para lidar com os desdobramentos da crise síria. O secretário de Estado, Antony Blinken, se reuniu com líderes da Jordânia e da Turquia para discutir a situação. Blinken alertou para os riscos enfrentados pela Síria e seus vizinhos, destacando a importância de respeitar os direitos humanos e evitar que o território seja usado por grupos extremistas. Uma cúpula internacional sobre a Síria será realizada na Jordânia, reunindo representantes de vários países, incluindo membros da Liga Árabe e das Nações Unidas.
O fim do regime sírio também trouxe à tona um movimento crescente por justiça em relação aos crimes cometidos durante o período de governança autoritária. Organizações de direitos humanos agora têm acesso a locais anteriormente inacessíveis, como prisões, e podem realizar investigações e entrevistas com testemunhas. No entanto, a esperança de processar figuras centrais do regime, como o ex-presidente sírio, parece cada vez mais distante, especialmente após seu exílio na Rússia. Em Alepo, após a tomada da cidade por forças rebeldes, moradores exilados começaram a retornar às suas casas, marcando um novo capítulo na recuperação das áreas afetadas pela guerra civil.