O governo de Israel anunciou a expansão dos assentamentos nas Colinas de Golã, um território ocupado desde a guerra de 1967, em meio ao contexto de aumento das tensões na região. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu justificou a medida como necessária para fortalecer o Estado de Israel e garantir sua presença estratégica, destacando o desejo de dobrar a população israelense na área. A medida ocorre em um momento de crescente mobilização militar israelense na zona desmilitarizada entre Israel e Síria, que foi reforçada após a queda do governo sírio de Bashar al-Assad.
A ONU, por meio de seu secretário-geral António Guterres, criticou a ação israelense, afirmando que ela viola o acordo de 1974 que estabeleceu a desmilitarização da área entre os dois países. No entanto, Israel mantém sua posição, argumentando que a segurança e a estabilidade na região exigem a presença militar contínua. A situação nas Colinas de Golã permanece um ponto de discórdia internacional, com o território sendo considerado ilegalmente anexado por Israel desde 1981.
Em paralelo, o fechamento da embaixada israelense em Dublin gerou forte reação da Irlanda, com o primeiro-ministro Simon Harris considerando a decisão “profundamente lamentável”. Harris reafirmou o compromisso da Irlanda com a paz e o respeito pelos direitos humanos, distanciando o país de qualquer acusação de ser anti-Israel. A medida é vista como parte de um contexto maior de crescentes divisões diplomáticas sobre a política israelense na Palestina e em outros territórios.