O governo de Israel anunciou a decisão de encerrar suas atividades na embaixada em Dublin, citando divergências com o governo irlandês, especialmente em relação a posições críticas sobre suas ações em Gaza. A medida foi tomada após a Irlanda manifestar seu apoio à África do Sul, que apresentou um pedido à Corte Internacional de Justiça acusando Israel de genocídio. O primeiro-ministro irlandês expressou pesar pela decisão e reafirmou o compromisso do país com a paz e a solução de dois Estados.
A acusação de genocídio, levantada pela Irlanda e pela Anistia Internacional, refere-se a supostos ataques deliberados a civis palestinos e à obstrução de ajuda humanitária em Gaza. A Anistia Internacional, em seu relatório, argumenta que as ações de Israel em Gaza violam a Convenção de Genocídio da ONU, um posicionamento que encontra eco no governo irlandês. Esse contexto tem aumentado as tensões diplomáticas entre os dois países.
Em resposta às críticas, Israel desqualificou a Anistia Internacional, acusando a organização de basear suas alegações em informações imprecisas. O governo israelense também rechaçou as alegações de genocídio, destacando que seus esforços em Gaza visam a segurança e a proteção de civis israelenses. A disputa reflete as complexas e intensas divergências sobre a interpretação dos eventos em Gaza e as consequências dessas ações para a diplomacia internacional.