O governo de Israel anunciou a intenção de estabelecer uma zona de defesa estéril no sul da Síria, sem a presença permanente de tropas. O ministro da Defesa, Israel Katz, afirmou que a medida visa garantir a segurança do país após uma série de ataques aéreos que destruíram grande parte dos estoques de armas estratégicas da Síria. Os ataques visaram baterias antiaéreas, campos de aviação, locais de produção de armas, aviões de combate e mísseis, além de instalações navais em Latakia e Al-Bayda.
O objetivo dos ataques israelenses foi impedir que armas e infraestrutura militar caíssem nas mãos de grupos rebeldes que derrubaram o governo de Bashar al-Assad, incluindo facções associadas à Al-Qaeda e ao Estado Islâmico. Em uma declaração, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, enfatizou que, embora Israel não tenha intenção de interferir nos assuntos internos da Síria, tomará as medidas necessárias para proteger sua segurança nacional.
Após a fuga de Assad, as tropas israelenses ocuparam a zona desmilitarizada na Síria, uma área criada após a guerra árabe-israelense de 1973, incluindo o Monte Hermon, de onde é possível observar Damasco. Embora houvesse informações sobre o avanço das forças israelenses em direção a outras partes da Síria, autoridades militares negaram que as tropas estivessem avançando em direção à capital, mantendo um foco apenas na segurança da região.