A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) alertou que o Irã está aumentando significativamente seu programa nuclear, elevando em até oito vezes a quantidade de urânio enriquecido a 60%, perto dos níveis necessários para a fabricação de armas nucleares. A IAEA informou que o Irã já tem material suficiente para produzir quatro bombas atômicas, embora o governo iraniano negue que tenha intenções militares e afirme que seu programa é para fins civis. A comunidade internacional, especialmente os Estados Unidos e a Europa, considera que o enriquecimento a 60% não tem justificativas pacíficas.
O diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, expressou preocupação com o fato de o Irã estar ativando suas instalações nucleares e preparando suas capacidades para um possível avanço no desenvolvimento de armamentos. A AIEA pediu ao país garantias sobre o uso adequado de suas instalações, enquanto inspetores da ONU se preparam para verificar a situação. Ao mesmo tempo, o Irã lançou um satélite espacial usando tecnologia que também poderia ser aplicada ao desenvolvimento de mísseis balísticos, aumentando as tensões sobre suas intenções militares.
Essa escalada no programa nuclear iraniano tem gerado um ambiente de incerteza e apreensão internacional. A Europa e os Estados Unidos veem com preocupação o aumento da capacidade de enriquecimento de urânio, que pode levar a um erro de cálculo ou a uma ação militar. As tentativas diplomáticas para resolver o impasse, incluindo esforços para reverter o acordo nuclear de 2015, enfrentam desafios, e a falta de um processo claro de desescalada alimenta temores sobre um possível conflito mais amplo.