Investir em startups de tecnologia de alto crescimento, como OpenAI e SpaceX, já era uma oportunidade exclusiva para grandes fundos de venture capital e private equity, como Tiger Global e SoftBank. No entanto, a Hurst Capital, em parceria com a gestora americana Cedar Tree, lançou uma alternativa para investidores brasileiros. A plataforma permite que os investidores adquiram certificados de recebíveis com lastro em fundos que compram direitos de ações (stock options) de funcionários de empresas de tecnologia. Esses funcionários podem comprar ações de suas empresas a preços baixos e, em caso de sucesso da empresa, obter lucros significativos com a venda dessas ações em eventos de liquidez, como IPOs ou aquisições.
O modelo de investimento, que é similar ao venture capital, permite que o investidor brasileiro tenha acesso a um mercado restrito, com uma estimativa de retorno de 20% ao ano, além da valorização do dólar. No cenário mais otimista, o retorno pode chegar a 34%, enquanto no mais conservador seria de 10%. O investimento, no entanto, não oferece liquidez imediata e envolve um risco considerável. A Hurst Capital destaca que o prazo para retorno pode variar, sendo que o fundo tem um período de dois anos para realizar suas aquisições, com expectativa de que os investidores comecem a ver retornos no meio desse prazo.
Atualmente, o fundo já possui participações em 12 empresas de alto valor, todas avaliadas em mais de US$ 1 bilhão, como a Miro e a Netskope. Apesar do alto potencial de retorno, o modelo é considerado um investimento alternativo e, por isso, os investidores devem estar cientes dos riscos envolvidos, como os de liquidez e regulatórios. A recomendação é que esse tipo de investimento ocupe apenas uma pequena parcela da carteira do investidor, dado o seu perfil de longo prazo e as incertezas associadas.