Nas últimas semanas, mudanças significativas nas perspectivas econômicas brasileiras geraram impacto nos mercados, com destaque para a valorização do dólar e oscilações nos juros futuros. Curiosamente, a bolsa de valores brasileira demonstrou resiliência frente ao cenário adverso, diferindo de outros indicadores econômicos. Essa reação é atribuída à baixa participação de investidores nacionais e internacionais, que têm reduzido sua exposição a ações locais. A retração de investidores institucionais também contribui para esse movimento, intensificada por resgates em fundos de ações.
O texto explora a natureza das ações como ativos reais, capazes de proteger o investidor em cenários extremos. Caso o ambiente político e econômico melhore significativamente, as ações brasileiras poderiam protagonizar um grande ciclo de valorização. Por outro lado, mesmo em um cenário de deterioração econômica, empresas com características de oligopólio e exportadoras poderiam se beneficiar, mantendo sua capacidade de repasse de preços e geração de caixa, enquanto muitas companhias menores sofreriam.
A análise sugere que, devido aos valuations atrativos e retornos potenciais, investir em ações é uma estratégia mais interessante do que títulos públicos no cenário atual. Ações de empresas com programas de recompra e bom histórico de dividendos são destacadas como opções sólidas para investidores. O texto conclui com uma reflexão sobre a necessidade de uma maior conscientização do brasileiro sobre o potencial das ações como proteção e instrumento de investimento.