A Polícia Civil de Bauru está investigando um esquema de desvios financeiros na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), no qual foram identificados R$ 6,8 milhões em movimentações suspeitas. A maior parte do montante, R$ 5 milhões, está associada a operações conduzidas por um ex-presidente da instituição, enquanto R$ 1,5 milhão envolve a ex-secretária executiva, desaparecida desde agosto. A polícia acredita que os desvios podem ser ainda maiores, considerando o longo período de irregularidades e contratos superfaturados realizados dentro da Apae.
Além dos desvios financeiros, a investigação também apura o desaparecimento e o suposto assassinato da secretária executiva. A polícia concluiu que ela foi morta pelo ex-presidente da associação, que teria disparado um tiro contra ela dentro de um carro da entidade. O corpo nunca foi encontrado, mas investigações apontaram que, após o crime, o corpo foi incinerado e as cinzas espalhadas por um funcionário da Apae, que ajudou sob ameaça. A polícia também identificou uma série de irregularidades cometidas por membros da família da secretária, envolvidos em esquemas fraudulentos de contratos e salários fictícios.
Os investigadores seguem aprofundando o caso, com novos detalhes sobre as movimentações financeiras e a possível motivação por disputas internas de poder na Apae. A Justiça já determinou o bloqueio de bens de várias pessoas envolvidas no esquema, e o ex-presidente da Apae foi preso. O caso de assassinato segue sendo investigado e os suspeitos aguardam a audiência marcada para janeiro do ano que vem.