Em 1º de janeiro de 2024, quatro jovens foram encontrados mortos dentro de um BMW estacionado na rodoviária de Balneário Camboriú, Santa Catarina. As vítimas, naturais de Minas Gerais, estavam aguardando a chegada de uma jovem que viajava de ônibus. Após assistir a um show de fogos de artifício, os quatro jovens começaram a sentir sintomas como ânsia de vômito e tontura, e decidiram esperar no carro. A investigação revelou que a causa da morte foi asfixia por inalação de monóxido de carbono, proveniente de uma ruptura em uma peça modificada no veículo, o que causou o vazamento do gás tóxico no interior do carro.
O acidente aconteceu devido a uma customização do sistema de escapamento do carro, na qual um componente responsável pela redução de gases poluentes foi substituído por uma peça inadequada. Essa modificação, feita por um profissional sem qualificação técnica, resultou na entrada do monóxido de carbono no sistema de ar-condicionado do veículo. O carro estava ligado por várias horas, permitindo que o gás se acumulasse, causando a intoxicação fatal dos ocupantes. O caso gerou comoção e uma investigação judicial que aponta dois réus pela acusação de homicídios culposos, sem intenção de matar.
As vítimas, com idades entre 16 e 24 anos, eram de Paracatu e Patos de Minas, mas moravam recentemente na região da Grande Florianópolis. Elas estavam a caminho de Florianópolis quando sofreram os sintomas de intoxicação. O caso, que completou um ano de investigação, ainda aguarda o julgamento dos responsáveis pela customização do veículo. A morte trágica levantou questões sobre a segurança em serviços automotivos não regulamentados e a responsabilidade de quem realiza modificações em veículos sem as devidas precauções técnicas.