A Polícia Federal (PF) concluiu um inquérito relacionado à tentativa de golpe de Estado ocorrida em 2022, indiciando 40 pessoas por crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa. O relatório final, com mais de 800 páginas, foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) em novembro. A Procuradoria-Geral da República (PGR) agora analisa as conclusões da investigação para decidir os próximos passos, que podem incluir o arquivamento do caso, a denúncia formal ou a solicitação de diligências adicionais.
Entre os indiciados estão figuras de destaque, como ex-integrantes de altos cargos do governo, acusados de envolvimento em ações que visavam obstruir a apuração dos fatos. A investigação aponta que alguns dos suspeitos tentaram impedir o avanço das investigações, incluindo a tentativa de obstrução relacionada a testemunhos cruciais. Além disso, documentos revelam que recursos foram direcionados para a organização de planos que poderiam comprometer a segurança de autoridades públicas no contexto do golpe.
Agora, cabe à PGR decidir se apresentará a denúncia ao STF, o que poderá resultar na abertura de uma ação penal. Caso a ação seja aceita, os acusados serão julgados e, se considerados culpados, enfrentarão sentenças individuais. Se o caso for arquivado ou mais diligências forem solicitadas, o processo seguirá sob a orientação do ministro responsável pela investigação. O desfecho ainda está pendente, aguardando a decisão da Procuradoria e a possível abertura de um processo formal.