No dia 21 de novembro, durante uma audiência, surgiram novas evidências que contribuíram para a prisão de um ex-integrante da gestão Bolsonaro. A investigação aponta que houve tentativas de obstrução de justiça, com ações que buscavam impedir ou dificultar a elucidação dos fatos relacionados a uma delação sigilosa. Essas ações envolviam contatos com familiares de envolvidos, além de esforços para manipular e controlar as informações que estavam sendo apuradas pelas autoridades.
A Polícia Federal conseguiu recuperar conversas apagadas de dispositivos eletrônicos que demonstraram intensa troca de mensagens entre os investigados, com destaque para discussões sobre um possível desvio de bens. Um documento encontrado na sede de um partido político revelou perguntas sobre o conteúdo da delação de um dos investigados, que foram posteriormente negadas por ele. A busca por informações sigilosas por meio de intermediários foi um ponto crucial para a continuidade da prisão e das investigações.
As investigações também destacaram o envolvimento de outros indivíduos em um plano para interromper a posse do novo presidente, que incluía financiamento ilegal e ações militares coordenadas. Documentos e depoimentos indicaram que o grupo estava em busca de influenciar autoridades e obstruir a apuração dos fatos, com o objetivo de alterar o resultado das eleições de 2022. A operação revela uma rede de conspiração e ações ilegais, com forte indício de envolvimento em atividades criminosas de grande escala.