Uma operação da Polícia Civil em Bauru (SP) investiga um esquema de desvio de verbas na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), causando prejuízos milionários à entidade. Paralelamente, o desaparecimento e suposto assassinato da secretária executiva da instituição, ocorrido em agosto, estão entre os focos da investigação. Nove mandados de prisão foram expedidos contra funcionários e familiares, resultando na apreensão de veículos, joias e armas, além da quebra de sigilos bancários dos envolvidos.
As apurações indicam que os desvios financeiros podem estar relacionados ao desaparecimento da secretária, cuja morte foi confessada informalmente pelo então presidente da instituição, segundo a polícia. Apesar disso, o corpo da vítima ainda não foi localizado. Imagens de segurança e análises balísticas reforçam a tese de homicídio, e um colaborador admitiu participação no descarte do corpo sob ameaça. O caso também revelou uma possível disputa de poder e má gestão como fatores agravantes.
A Apae de Bauru continua oferecendo serviços assistenciais enquanto peritos investigam os impactos financeiros do caso. A polícia concluiu o inquérito relacionado ao homicídio em outubro, e a Justiça aceitou denúncia contra dois suspeitos. A primeira audiência está prevista para janeiro, e investigações adicionais sobre os desvios seguem em andamento.