Uma operação realizada no Rio Grande do Sul desmantelou uma rede de adulteração de produtos lácteos, envolvendo a adição de substâncias prejudiciais à saúde, como soda cáustica e água oxigenada, para mascarar a deterioração do leite. Os suspeitos utilizavam códigos em anotações, como “vitamina” e “receita”, para disfarçar o processo de adulteração e evitar a detecção durante análises. O Ministério Público apreendeu um caderno com fórmulas detalhadas, que indicam a utilização dessas substâncias para ajustar o pH do leite e eliminar microorganismos, práticas altamente perigosas para o consumo humano.
Durante a investigação, foram encontrados dois depósitos clandestinos usados para armazenar produtos em condições inadequadas, como validade vencida e presença de sujeira. A empresa envolvida, que fornecia laticínios tanto no Brasil quanto para o exterior, suspendeu temporariamente suas atividades após o início da investigação. O Centro Estadual de Vigilância em Saúde recomendou a suspensão da venda dos produtos da empresa até que os resultados das análises sejam concluídos.
O caso também envolveu a prisão de um químico industrial, conhecido por sua atuação em fraudes similares em outras indústrias de laticínios. Em defesa, a empresa negou as acusações e afirmou estar comprometida com a qualidade e segurança de seus produtos. As investigações continuam e a empresa está cooperando com as autoridades para esclarecer os fatos e demonstrar a regularidade de seus procedimentos.