A Polícia Federal (PF) deu mais um passo nas investigações relacionadas ao plano de golpe de Estado que visava manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder. Nesta quarta-feira (11), três novos indivíduos foram indiciados, elevando o total de investigados para 40. Entre os recentes indiciados estão militares acusados de intermediação, disseminação de desinformação e participação em operações clandestinas relacionadas ao plano golpista. O caso agora será avaliado pela Procuradoria-Geral da República, que deve apresentar denúncias ao Supremo Tribunal Federal em fevereiro.
As investigações apontam indícios de uma articulação sofisticada, com financiamento de manifestações antidemocráticas e ações voltadas para descredibilizar o sistema eleitoral. Relatórios manipulados e documentos como um suposto “Gabinete de Crise” no Planalto reforçam as suspeitas de organização de uma ruptura institucional. A PF também revelou mensagens que indicam preocupação dos envolvidos em ocultar suas participações. Um dos investigados teria atuado para aproximar hackers e disseminar informações falsas sobre as urnas eletrônicas.
Outro ponto de destaque nas investigações foi a descoberta de um núcleo operacional ligado a um plano de assassinato de figuras públicas e uso de dispositivos para ações clandestinas. A análise de dados telefônicos e movimentações financeiras indicam conexões entre os suspeitos e um esquema maior, envolvendo documentos fraudulentos e estratégias de dissimulação. O avanço das apurações evidencia a complexidade e o alcance das ações investigadas, reforçando a importância do trabalho da PF e do Ministério Público na responsabilização dos envolvidos.