A 12ª DP de Copacabana iniciou uma investigação sobre supostas fraudes envolvendo a socialite Regina Lemos Gonçalves, focando em negociações de dois imóveis de sua propriedade. Em um dos casos, há suspeitas de que uma mansão em São Conrado tenha sido vendida a um preço significativamente abaixo do valor de mercado. Além disso, uma locação de um imóvel no Centro do Rio, atualmente usado como estacionamento, também está sendo investigada, com alegações de que os pagamentos de aluguel não chegaram à dona do imóvel, sendo possivelmente desviados por intermediários.
A principal suspeita recai sobre o ex-motorista de Regina, que também é acusado de mantê-la em cárcere privado e de controlar suas finanças, incluindo a gestão dos imóveis. A investigação sugere que uma rede de pessoas, incluindo advogados que anteriormente a representavam, pode estar envolvida na dilapidação de seu patrimônio. A polícia já identificou irregularidades nos pagamentos de aluguel e vendas de imóveis, com dívidas acumuladas que somam milhões de reais.
Recentemente, o Tribunal de Justiça determinou a nomeação de um curador para gerir o patrimônio de Regina, dado seu diagnóstico de demência vascular. A decisão gerou resistência por parte da socialite, que se recusa a aceitar o curador designado e insiste em administrar sua situação financeira pessoalmente. Enquanto a investigação segue, o caso levanta questões sobre a proteção jurídica de pessoas em situações de vulnerabilidade, especialmente em casos envolvendo questões patrimoniais complexas e a atuação de intermediários.