A Polícia Civil de Canoas investiga dois casos de crimes sexuais supostamente cometidos por funcionários da Trensurb, a empresa de transportes urbanos de Porto Alegre. Os casos ocorreram em 2024 no setor de segurança da empresa, com uma das denúncias sendo de estupro e a outra de importunação sexual. As vítimas alegam que as agressões ocorreram durante o desempenho de suas funções, e a investigação conta com testemunhos que corroboram os relatos. A empresa, que está apurando as denúncias de maneira sigilosa, informou que tem um serviço contínuo de apoio psicológico e um protocolo de combate ao assédio implementado em novembro de 2024.
O caso de estupro envolve uma funcionária que foi assediada por um colega de trabalho durante rondas, sendo que as agressões continuaram por vários meses. Após buscar ajuda psicológica, a mulher formalizou a denúncia, e a corregedoria da Trensurb abriu investigação. O suspeito foi transferido para outro turno, mas continua trabalhando na mesma empresa. Em outro episódio, uma servidora relatou importunação sexual por um colega que realizava contatos físicos inapropriados, além de piadas e gestos de teor sexual. Ela também fez denúncias, mas, apesar de relatada, continuou a trabalhar com o agressor por algum tempo.
Além desses casos, um terceiro episódio, ocorrido há quatro anos, envolveu outra funcionária que foi vítima de importunação sexual. O agressor foi demitido e processado judicialmente. As advogadas das vítimas criticam a falta de um protocolo eficiente dentro da empresa, sugerindo a necessidade de capacitação de gestores para lidar com essas situações de maneira mais adequada. A legislação trabalhista também exige que as empresas implementem medidas para prevenir o assédio, com punições que podem incluir demissão e indenizações, dependendo do caso.