A Polícia Federal (PF) indiciou mais três pessoas no inquérito que apura um suposto plano de golpe de Estado durante o governo anterior. Entre os indiciados estão militares da reserva e um ex-assessor do governo, apontados por participarem de ações de articulação, financiamento e monitoramento ilegal. A investigação identificou a utilização de termos codificados em comunicações para referir-se ao plano e conexões entre o governo e financiadores de atos antidemocráticos.
Os investigadores destacam a atuação de um dos suspeitos como intermediário em Mato Grosso do Sul e suas visitas frequentes ao ex-presidente no fim de 2022. Outro indiciado teria contribuído com a disseminação de desinformação sobre o sistema eleitoral e manipulado relatórios militares para sustentar alegações falsas sobre as eleições. Esses atos, segundo a PF, fazem parte de um esforço coordenado para contestar a posse do governo eleito.
Além disso, foi relatada a participação de um militar em operações clandestinas de monitoramento e possível planejamento de ações contra autoridades do Judiciário e do Executivo. As investigações apontam indícios de articulação para atos violentos que incluiriam a prisão ou execução de figuras públicas. A PF continua aprofundando a análise das evidências coletadas, que já resultaram no indiciamento de 40 pessoas.