Um laudo pericial confirmou irregularidades no dispositivo de sucção de uma piscina em um resort de Campinas (SP), onde uma menina de nove anos teve o cabelo preso e ficou submersa por sete minutos, vindo a falecer 11 dias depois. De acordo com a Polícia Civil, o equipamento estava em desconformidade com as normas técnicas de segurança, que exigem dispositivos de proteção para evitar acidentes desse tipo. O resort informou que colabora com as investigações e afirmou que o equipamento foi desligado definitivamente após o incidente.
As investigações também indicam que outro acidente envolvendo o mesmo dispositivo foi relatado semanas antes, quando uma criança conseguiu se desprender com ajuda de familiares. O delegado responsável pretende averiguar o histórico de funcionamento do equipamento e a responsabilidade técnica pela instalação e manutenção do dispositivo. O caso é tratado como homicídio culposo, mas a possibilidade de dolo eventual não está descartada, dependendo da apuração de negligência ou omissão.
O resort declarou que todos os ralos das piscinas seguem padrões antissucção e antiaprisionamento e reiterou seu compromisso com a segurança dos hóspedes. Apesar disso, as autoridades apontam falhas no cumprimento das normas exigidas por lei. A tragédia gerou comoção e trouxe à tona a necessidade de maior rigor na fiscalização e no cumprimento de dispositivos de segurança em piscinas públicas e privadas.