A inteligência artificial (IA) tem sido uma ferramenta crucial na resolução de problemas históricos e científicos complexos. Um exemplo notável é o uso de IA para decifrar os famosos pergaminhos carbonizados de Herculano, que sobreviveram à erupção do Monte Vesúvio em 79 d.C. Graças ao uso de raios-X de alta resolução e algoritmos de aprendizado de máquina, pesquisadores conseguiram desbloquear milhares de caracteres desses documentos, permitindo a leitura das primeiras passagens completas dos papiros. Esse avanço na arqueologia mostra como a IA pode superar limitações físicas, como a fragilidade dos artefatos, e revelar informações valiosas sobre o passado.
Além da arqueologia, a IA tem sido aplicada de forma inovadora em diversos campos científicos, como a biologia e a comunicação animal. Um exemplo é o estudo das vocalizações das baleias cachalote, onde a IA tem ajudado a identificar padrões nas sequências de cliques emitidas por esses animais, sugerindo que suas vocalizações podem ser mais complexas do que se imaginava. Outro campo em que a IA tem se mostrado fundamental é na biologia molecular, particularmente no entendimento da estrutura das proteínas. Ferramentas como o AlphaFold, desenvolvidas por pesquisadores no campo da IA, têm acelerado a decodificação das estruturas tridimensionais das proteínas, uma das questões mais desafiadoras da ciência moderna.
A IA também tem impulsionado descobertas arqueológicas em locais como o Deserto de Nazca, no Peru, onde modelos de aprendizado de máquina têm ajudado arqueólogos a identificar novos geoglifos. Embora esses modelos ainda precisem de refinamento, eles têm demonstrado grande potencial para facilitar pesquisas em terrenos difíceis e remotos. Esse uso de IA não se limita a campos de alta tecnologia; ela tem o poder de transformar áreas como a arqueologia, a biologia e até a compreensão de linguagens não humanas, o que sublinha sua importância crescente no avanço do conhecimento humano e científico.