O Super Centro Carioca, no Rio de Janeiro, adotou a Inteligência Artificial (IA) como ferramenta auxiliar na triagem de mamografias, ajudando a identificar alterações que poderiam ser negligenciadas no exame tradicional. Com o uso da IA, lesões, mesmo as menores, são destacadas com marcações coloridas, acompanhadas de uma porcentagem que indica a probabilidade de malignidade. O processo de análise das imagens, que antes levava mais tempo, agora é mais rápido, com as imagens geradas em 20 segundos, permitindo que os médicos priorizem casos com alterações mais graves.
A tecnologia tem contribuído para a redução do tempo de diagnóstico e do início do tratamento. O prazo entre a realização da mamografia e o resultado da biópsia, por exemplo, caiu de 144 para 34 dias nos últimos quatro anos. A IA tem se mostrado eficaz na detecção precoce de tumores, especialmente nas lesões mais sutis, que poderiam passar despercebidas pelo olhar humano. Embora a tecnologia seja um importante apoio, o diagnóstico final continua sendo responsabilidade do médico radiologista, garantindo a precisão e confiabilidade do resultado.
Desde a implementação da IA, mais de 5 mil mulheres já foram beneficiadas com a nova tecnologia. Além de acelerar a detecção, o sistema também permite um atendimento mais rápido e eficaz, com a equipe de saúde monitorando os exames com alterações e priorizando as análises. O câncer de mama, doença silenciosa e uma das mais comuns entre mulheres, exige diagnóstico precoce, e o uso da IA tem sido fundamental nesse processo.