De acordo com a Pesquisa de Estabilidade Financeira (PEF) divulgada pelo Banco Central, as instituições financeiras do Brasil apontam os riscos fiscais como os mais relevantes para a estabilidade financeira. A preocupação com a sustentabilidade da dívida pública e o arcabouço fiscal teve aumento na percepção de risco, com 42% dos participantes destacando este fator como o mais importante, frente a 41% em agosto. O impacto esperado da materialização deste risco no Sistema Financeiro Nacional é considerado alto, e a probabilidade de sua concretização é classificada como média-alta.
Além dos riscos fiscais, o cenário internacional também foi citado como uma preocupação crescente pelas instituições financeiras. 27% dos respondentes indicaram os fatores externos como a principal ameaça, o que representa um aumento de 5 pontos percentuais em relação a agosto. A instabilidade política nas eleições dos Estados Unidos, os conflitos geopolíticos e a situação econômica da China e dos EUA estão entre as principais fontes de apreensão. A probabilidade de materialização desse risco também é considerada média-alta, com impacto potencial elevado.
Outros riscos, como inadimplência e atividade econômica, também receberam atenção, com o crescimento da preocupação sobre a alavancagem e a inadimplência de famílias e empresas. A pesquisa também identificou uma diminuição na percepção de risco em relação à inflação doméstica, enquanto os riscos de liquidez e outros fatores diversos mostraram uma queda nas menções. A probabilidade de materialização dos riscos relacionados à atividade e inadimplência aumentou, refletindo a pressão do aperto monetário.