Uma análise publicada pela Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado, no dia 13 de outubro de 2024, conclui que as reservas internacionais do Brasil estão em nível adequado para proteger o país de choques externos. O estudo considerou quatro indicadores principais para medir essa adequação, destacando que as reservas de US$ 369,2 bilhões, registradas em agosto de 2024, são suficientes para cobrir 12,4 meses de importações. Esse nível de reservas, embora tenha diminuído em relação a 2017, quando a razão entre reservas e o indicador de importações era de 1,8, está agora em 1,0, o que indica que o país está dentro de um parâmetro seguro.
Além disso, o estudo apontou que as reservas são 70% superiores ao necessário para cobrir a dívida externa de curto prazo, com base no indicador de Greenspan-Guidotti. Esse dado reforça a ideia de que o Brasil está relativamente protegido contra riscos de escassez de dólares, o que poderia comprometer a capacidade do país de rolar sua dívida. A análise também utilizou diferentes metodologias, incluindo as do Banco Central e do FMI, e em todos os casos as reservas se mantiveram acima do nível considerado adequado, com uma redução em comparação a 2017, mas ainda em um patamar seguro.
Por fim, a IFI avaliou a adequação das reservas também sob a ótica dos meios de pagamento ampliados, considerando o potencial de fuga de capitais e a pressão sobre o câmbio. O estudo concluiu que, sob essa metodologia, o Brasil também mantém um nível adequado de reservas. Adicionalmente, as reservas do país representam 140% do indicador Assessing Reserve Adequacy (ARA) do FMI, que considera reservas entre 100% e 150% como adequadas, consolidando a análise de que as reservas brasileiras estão em um nível satisfatório de precaução.