Uma investigação policial revelou que influenciadores digitais estavam utilizando cédulas e correntes falsas para criar a aparência de luxo nas redes sociais, com o intuito de atrair seguidores e gerar lucros. A apreensão de cerca de R$ 128 mil e 31 mil dólares em notas falsas ocorreu durante a Operação 777, que também envolveu a divulgação ilegal de jogos de azar online e rifas. Além das cédulas falsificadas, foram encontrados itens de joalheria de baixo valor que eram usados para simular riqueza, com materiais como estanho e latão sendo identificados nas peças.
A operação, realizada em Mato Grosso e São Paulo, resultou em oito mandados de prisão temporária e a apreensão de mais de R$ 12 milhões, além de bens e valores pertencentes aos suspeitos. Os influenciadores investigados promoviam jogos de azar como o “Jogo do Tigrinho”, incentivando os seguidores a realizar apostas, frequentemente em plataformas ilegais, e ostentando carros de luxo, joias e dinheiro em suas postagens. As investigações também indicam que alguns desses influenciadores utilizavam versões manipuladas dos jogos para criar a ilusão de grandes ganhos rápidos, atraindo um número crescente de vítimas.
A Polícia Civil agora está focada em apurar a possível utilização das notas falsas como legítimas e em investigar o envolvimento de familiares de alguns dos influenciadores na lavagem de dinheiro. O caso segue em andamento, com as redes sociais dos investigados bloqueadas por ordem judicial, como medida para evitar a continuidade das atividades ilegais. A operação destacou a crescente preocupação com a manipulação de informações e a promoção de atividades ilícitas nas plataformas digitais.