A Argentina registrou em novembro uma inflação mensal de 2,4%, o menor índice desde julho de 2020, conforme divulgado pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec). Apesar disso, a inflação acumulada em 12 meses ainda é alta, chegando a 166%, embora esteja em queda há sete meses consecutivos. Os setores de Educação e Moradia, Água, Eletricidade e combustíveis apresentaram as maiores variações de preços no período.
A redução da inflação, que já havia atingido 12,8% ao mês em dezembro, reflete um cenário de desaceleração econômica, embora ocorra sobre uma base de preços elevados. Essa queda tem impactado positivamente a percepção da gestão atual, apesar de a maioria da população não considerar que sua situação econômica melhorou significativamente. Segundo pesquisas recentes, a popularidade do governo registra oscilações, com índices de aprovação variando entre 47% e 56%.
O contexto econômico ainda é desafiador, com a pobreza atingindo 52,9% da população no primeiro semestre deste ano, o maior índice em duas décadas. Este aumento está relacionado a uma forte desvalorização do peso argentino no início do atual governo, contribuindo para a disparada inicial dos preços. Ainda assim, a desaceleração da inflação é um marco relevante para a economia do país, sinalizando possíveis avanços em meio às dificuldades.