A inflação no Brasil apresentou uma desaceleração em novembro, atingindo todas as faixas de renda, com exceção das famílias de maior poder aquisitivo. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu de 0,56% em outubro para 0,39% em novembro. A redução foi sentida principalmente pelas famílias de rendas mais baixas, que experimentaram uma inflação significativamente menor no mês, de 0,32%, em comparação com os 0,75% registrados no mês anterior.
Esse alívio nas faixas de renda mais baixas foi impulsionado, em grande parte, pela queda de 6,3% nas tarifas de energia elétrica, que beneficiou os consumidores no grupo de habitação. No entanto, a desaceleração da inflação não atingiu as famílias de maior renda, que seguiram enfrentando um ritmo de aumento de preços mais elevado, o que sugere que a pressão inflacionária continua mais acentuada para as classes mais altas.
O cenário reflete um movimento de alívio para as famílias de menor renda, mas também evidencia um quadro desigual no impacto da inflação entre os diferentes grupos econômicos. Embora a queda na energia elétrica tenha ajudado as famílias de baixa renda, outros itens podem ter continuado a pesar no orçamento de forma desigual, afetando de maneira distinta as diferentes faixas de renda no país.