Os índices acionários da China fecharam em queda nesta sexta-feira (20), marcando a segunda semana consecutiva de perdas. O índice SSEC de Xangai caiu 0,06%, enquanto o CSI 300, que reúne as principais ações da bolsa de Xangai e Shenzhen, recuou 0,45%. Já o Hang Seng, em Hong Kong, teve uma queda de 0,16%, acumulando perda de 1,3% na semana. Esse desempenho reflete as expectativas do mercado por mais estímulos fiscais e monetários do governo chinês para ajudar a reverter o enfraquecimento econômico.
A queda foi impulsionada especialmente pelo setor de energia, após declarações da gigante Sinopec que indicaram que o consumo de petróleo da China atingirá seu pico em 2027. Outros setores como bens de consumo básicos e saúde também apresentaram perdas, de 0,99% e 0,28%, respectivamente. Embora a China tenha anunciado estímulos econômicos em setembro, os efeitos desses pacotes têm perdido força devido à persistente pressão deflacionária e à fraqueza na demanda por crédito, o que leva os investidores a aguardar mais medidas.
A expectativa de novas ações do governo chinês é reforçada pela manutenção das taxas de juros de referência inalteradas e pela contínua dificuldade em estimular a economia, devido ao estreitamento das margens de juros e à desvalorização do yuan. Embora os sinais de um orçamento fiscal mais robusto para 2025 sejam vistos como positivos, analistas como o Morgan Stanley indicam que mais detalhes sobre novas metas de crescimento só devem surgir em março, o que mantém o mercado em suspense.