Os índices acionários da China e de Hong Kong atingiram os maiores níveis em três semanas, impulsionados principalmente pelo bom desempenho das ações de tecnologia e pela expectativa de novos estímulos econômicos do governo chinês. O índice SSEC de Xangai subiu 1,05%, enquanto o CSI 300 registrou uma alta de 1,31%. Em Hong Kong, o Hang Seng avançou 1,56%, alcançando seu maior patamar nesse período. Esse movimento ocorreu enquanto investidores aguardam a Conferência Central de Trabalho Econômico, que definirá as metas econômicas da China para 2025.
Apesar da recuperação nos mercados acionários, a economia chinesa ainda enfrenta desafios significativos, como uma crise imobiliária prolongada e um consumo interno fraco. O mercado de tecnologia, no entanto, segue em alta, com setores de software, telecomunicações e informática registrando ganhos expressivos. A expectativa de novas políticas fiscais e de apoio, como as propostas de incentivo à compra de produtos fabricados na China, alimenta o otimismo em torno do setor.
Entretanto, a pressão externa também é um fator relevante, com as ameaças de tarifas do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, exacerbando as dificuldades econômicas internas. A combinação desses fatores faz com que o apetite pelo risco ainda se mantenha elevado no mercado de ações chinês, apesar da incerteza sobre a evolução da crise imobiliária e dos desafios estruturais da economia.