Na manhã de quarta-feira (18), o estado de Indiana executou sua primeira pena de morte em 15 anos. A execução foi realizada por meio de injeção letal na Prisão Estadual de Indiana, localizada em Michigan City. O condenado, que havia sido sentenciado em 1997 por um crime envolvendo quatro mortes, incluindo a de um familiar, foi declarado morto à 0h44, horário local. Embora a execução fosse programada para usar o sedativo pentobarbital, o Departamento de Correções de Indiana não forneceu detalhes sobre o medicamento utilizado.
Este evento ocorre em um contexto mais amplo de um número crescente de execuções nos Estados Unidos, especialmente em 2023, quando cinco presidiários foram executados em uma semana, uma coincidência rara que contrariou a tendência de queda no uso da pena de morte. O Death Penalty Information Center, organização sem fins lucrativos, apontou que esse foi o maior número de execuções em uma única semana em mais de 20 anos, desde julho de 2003. Tal aumento, segundo especialistas, pode ser explicado pela coincidência de datas estabelecidas por tribunais e autoridades locais, após os presos esgotarem suas possibilidades de recurso.
Embora a pena de morte continue sendo um tema controverso nos Estados Unidos, com um declínio geral tanto no número de execuções quanto no apoio a essa prática, o ocorrido em Indiana destaca uma possível mudança no ritmo das execuções, com algumas exceções e acumulação de casos em determinados estados. Especialistas acreditam que fatores como dificuldades na obtenção das drogas letais ou mudanças nas políticas de execução podem ter contribuído para essa anomalia no processo de aplicação da pena.