Nos últimos anos, clubes brasileiros têm se empenhado em criar ambientes inclusivos para torcedores diagnosticados com autismo, seguindo uma tendência crescente no futebol. O Botafogo é o mais recente clube a inaugurar uma sala sensorial no estádio Engenhão, com o objetivo de proporcionar um ambiente acolhedor e adequado às necessidades sensoriais de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Este espaço se junta a outras iniciativas semelhantes de clubes como Palmeiras, Corinthians, São Paulo, Atlético-MG e Internacional, que também possuem locais adaptados para esse público.
Esses espaços são projetados para garantir conforto e acessibilidade, com elementos como almofadas, paredes de escalada e até plataformas suspensas, além de ajustes acústicos que reduzem o nível de ruído nos estádios. Iniciativas como a do Coritiba, que pioneiramente criou um ambiente adaptado para torcedores autistas no Couto Pereira, são exemplo de como o futebol pode contribuir para a inclusão social. Outros clubes, como Sport e Goiás, também têm se destacado com ações que envolvem desde camarotes exclusivos até parcerias com instituições especializadas no atendimento ao público autista.
Além de disponibilizar espaços físicos adaptados, muitos clubes promovem ações de conscientização e oferecem materiais auxiliares, como abafadores de som, para melhorar a experiência dos torcedores. O Juventude, no Rio Grande do Sul, é outro exemplo de como os clubes podem se envolver ativamente com as comunidades autistas, criando espaços e atividades voltadas para esse público. Com essas iniciativas, o futebol brasileiro avança na promoção da inclusão e no respeito às necessidades de todos os torcedores, buscando tornar os estádios mais acessíveis e acolhedores.